Por Que o Baby Reborn Viralizou (e o Que Isso Diz Sobre Nós)

Nunca foi tão fácil falar — e ao mesmo tempo, nunca estivemos tão distantes de dizer algo com profundidade.
Vivemos a era da exposição constante, do marketing de atenção, da urgência para postar, para comentar, para viralizar. Mas no meio dessa correria digital, será que a gente ainda lembra de refletir sobre o que estamos realmente entregando ao mundo?

É urgente resgatar nossa consciência como comunicadores — seja você um criador de conteúdo, uma empreendedora, uma professora ou apenas uma pessoa que compartilha o que pensa. O que você publica molda não só sua imagem, mas também a mente de quem consome.

Vamos entender o que tudo isso está fazendo com o nosso cérebro — e principalmente, com a nossa alma.

Baby Reborn: Quando o Algoritmo Brinca com a Nossa Atenção

Nas últimas semanas, o Brasil foi tomado por uma onda de vídeos com adultos “brincando” com bonecas baby reborn. De início, causou estranheza. Depois, virou piada. Logo, debate. Hoje, virou conteúdo. Um mar de conteúdos.

Não entrarei no mérito clínico da questão — não estou aqui como terapeuta ou psicóloga. Estou como comunicadora, observadora do impacto que o algoritmo causa nas escolhas humanas.

É curioso — e preocupante — como esse tipo de conteúdo explode em engajamento, mesmo sendo superficial, roteirizado ou forçado. A dúvida é inevitável: quem se beneficia dessa viralização? O criador? O espectador? Ou o algoritmo, que fatura milhões com cliques e permanência na plataforma?

Essa “tendência” é apenas um reflexo do sistema: um ciclo de dopamina, recompensa, repetição.

A Preguiça de Pensar e a Morte da Curadoria

Por trás dos virais, há um problema ainda maior: a superficialidade virou padrão. Cada vez mais, vemos criadores — e até marcas — replicando o que está em alta sem refletir.

Ninguém se pergunta: o que esse conteúdo está me ensinando? Qual valor ele está agregando à consciência coletiva?

A lógica das redes nos condicionou a pegar carona nas trends sem elaborar, sem aprofundar, sem contribuir de fato. Como sociedade, isso nos infantiliza. Como profissionais, nos descaracteriza.

Produzir sem propósito é como repetir uma receita sem saber o valor nutricional do que se está servindo. Não basta estar na conversa — é preciso saber o que você está dizendo.

Neurociência e Dopamina Digital: O vício do “curtir” e o esvaziamento do pensar

Nosso cérebro funciona por estímulo e recompensa. Toda vez que você vê uma notificação, um like ou um comentário positivo, há liberação de dopamina — o neurotransmissor do prazer.

Redes sociais entenderam isso como oportunidade. Criaram ciclos de renovação constante de conteúdo (reels, stories, shorts) com estímulos curtos, rápidos e altamente emocionais. Resultado: vício. Distração. Ansiedade.

O feed virou um caça-níquel emocional.

A cada rolagem, você busca outra dose. Quando não vem, sente abstinência. Quando vem, precisa de mais. O problema? A mente superficializa. A atenção encurta. A profundidade desaparece.

Dopamina em Reels: O Algoritmo Como Senhor das Massas

O algoritmo recompensa aquilo que é curto, polarizador, emocionalmente explosivo. Ele não quer saber se o conteúdo é verdadeiro ou ético — quer saber se prende a atenção.

Reels viraram o novo cigarro da geração multitela.

Mas diferente do cigarro, não há advertência no rótulo. Ninguém diz: “Esse conteúdo pode comprometer sua concentração, sua autoestima, sua capacidade de pensar por si.” Mas deveria.

O problema não está na ferramenta em si — mas em como ela nos molda, silenciosamente, todos os dias.

Um Chamado à Responsabilidade Digital

A pergunta que ecoa é: o que estamos escolhendo amplificar?

Sim, você usa a rede para vender. Para comunicar seu negócio. Para construir autoridade. Mas será que o conteúdo que está criando está alinhado ao seu propósito de alma?

Se não podemos fugir do jogo do algoritmo, que joguemos com consciência. Que usemos a tecnologia como canal de expansão — não como dopamina barata.

Crie para servir. Compartilhe com intenção. Poste para edificar.

Você não precisa ter milhões de seguidores para influenciar. Se você melhora o dia de um cliente, inspirar uma amiga, provoca uma reflexão em alguém, você já está contribuindo.

Cada post é um voto no tipo de sociedade que queremos.

O Caminho de Volta

Talvez a solução não esteja em parar de postar. Mas sim em postar menos — com mais consciência.

Volte para o centro. Reduza a velocidade. Silencie as notificações externas para ouvir sua bússola interna.

Comunicar é um ato político, espiritual e estratégico. É sobre o que você decide entregar ao mundo. É sobre qual legado digital você está construindo.

E se você deixasse de postar por uma semana, o que de fato sentiria falta: da conexão com os outros ou da dose de dopamina?


✦ Habilidade empreendedora em foco: Comunicação com propósito

Essa reflexão ativa uma das habilidades essenciais para a empreendedora contemporânea: comunicar com consciência. Não para agradar o algoritmo, mas para alinhar sua energia ao seu posicionamento.

💡 Se você quer aprender a comunicar com propósito, estratégia e verdade, te convido a conhecer a HubDelas Escola. Aqui, a comunicação é uma ponte — não um palco.

Vamos juntas?


Este é um resumo do artigo completo: Baby Reborn e Algoritmo: Quem Está Brincando com Quem?

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